24/02/2014

Never the Same - Capítulo 3 - She is everything



"O mundo em nossa volta me faz sentir tão pequeno, Lyla
Se você não pode me ouvir chamar, então eu não posso dizer, Lyla
Que o Céu te ajude a me pegar, se eu cair"



P.V.O Taylor Swift

Eu passei 1 hora, isso mesmo, 1 hora inteirinha procurando o meu batom vermelho para descobrir que ele estava dentro da minha bolsa. Enquanto isso o Justin ficou na sala olhando para o nada. Claro que ele ficou impaciente, eu também fiquei. Quem esquece de procurar na própria bolsa? Depois disso fui pra sala.

-Estou pronta, finalmente.
-Finalmente mesmo, passou três décadas se arrumando.
-Eu perdi o meu batom, e fui burra o suficiente de não procurar na minha bolsa, foi por isso.
-E qual o problema de ir sem batom?
-Taylor Swift sem batom vermelho não é Taylor Swift.
-Mas ontem você estava sem batom vermelho e continuava sendo a Taylor Swift.
-Para de ser sem graça Justin.

Ele riu, e logo voltou a falar:

-Acho que esse batom vermelho vai borrar essa noite...
-Eu hein, menino assanhado, e pra sua informação o batom é matte e não vai sair da minha boca nem se eu for pra guerra.
-Matte?
-Coisa de mulher.

Chegamos no bar em que o meu irmão ia tocar em 30 minutos. O lugar era pequeno, quente e a luz vermelha que vinha do palco deixava todo o lugar avermelhado. Estava cheio, ouvia-se várias vozes vindas de todos os lugares, que se misturam e formavam um ruido interminável. Olhei em volta e vi bastante gente conhecida. Amigos, conhecidos, ex-namorados, quase todos que eu conheço e moram aqui estão nesse bar. Na verdade não era só o meu irmão que ia se apresentar hoje à noite, todos os meus amigos que eram músicos iam. A maioria dos meus amigos trabalha com algum tipo de arte. Tenho amigos músicos, atores, artistas plásticos. Claro que alguns outros trabalham com outras profissões, por exemplo, uma das minhas amigas mais próximas é médica, mas a maioria é totalmente entregue as artes. Logo localizei o meu irmão e fui até ele. O Justin veio logo atrás de mim.

-Então você veio -meu irmão disse, me abraçando.
-Eu vim, e trouxe alguém comigo -disse, quando ele parou de me abraçar -Austin, esse é o Justin. Justin, esse é o Austin, meu irmão.
-Então não era mentira da mídia, minha irmãzinha está mesmo saindo com o famoso Justin Bieber.
-Até você?
-Relaxa irmãzinha, lembra do combinado? Eu não me entrometo nos seus relacionamentos e nem você nos meus.
-Acho bom hein.
-Só tenho pena de você - ele disse virando pro Justin -cuidar dessa louca não é fácil.
-Vai te fuder Austin.

Ele riu, e o tempo foi passando. Conversei com alguns amigos, apresentei o Justin à eles, bebi um pouco, vi vários amigos se apresentarem, a banda do meu irmão, até que começou uma música mais calma, que me parecia pesada e grudenta como chiclete.

-Quer dançar comigo? - o Justin disse.
-Você não desiste mesmo, não é? -disse enquanto punha as mãos no pescoço dele.
-É o meu charme - ele disse pondo a mão na minha cintura.


P.V.O Justin Bieber

Dançar com ela é muito bom. Nossos corpos balançavam na mesma melodia meio bamba, igual a ontem. O seu perfume era doce e estava muito forte com todo o calor que estava naquele bar. Tudo já estava meio lento e torto. Ela ria como uma criança no parquinho e eu fazia o mesmo. Tudo tão lento e frenético ao mesmo tempo, como um todos os melhores momentos. As nossas cabeças foram se aproximando lentamente e formaram um beijo molhado e apaixonado. Como o primeiro beijo de um casal, mas na verdade era isso mesmo. E nós dançamos o resto da noite. Risos, palavras ditas que não serão lembradas amanhã, beijos, amor, ou algo parecido.

Era 5 da manhã e eu, a Taylor e todos os amigos dela (que naquela altura, naquele estado e naquela noite eram meus amigos) estavamos indo para o Mc Donald's. Fomos andando, ninguém tinha medo de nada. Taylor estava com o braço intercalado no meu e com a cabeça deitada no meu ombro.

-Se divertiu?
-Acho que posso dizer que foi a noite mais divertida da minha vida.
-Se apaixonou por Los Angels?
-Só não mais do que me apaixonei por você.
-Clichê.
-Mas você gostou?
-Gostei.

Ela riu e me deu um beijo.

No Mc Donalds todos falamos o tempo todo, sobre tudo, parecíamos amigos de infância. Ignorei o fato de que todos eram melhores amigos de infância, menos eu.

-Você deu a sorte grande, Justin - disse John, o melhor amigo dela - quando essa menina gosta de alguém, sai de baixo, é sentimento até não caber mais.
-Não precisamos entrar nesse assunto -ela disse, deixando transparente o quanto queria mudar de assunto. 
-Sabe -disse Alex, outro amigo dela- o último namoro dela terminou por causa disso. Ela sentia demais, e ele, de menos. 
-Vocês bêbados ficam totalmente babacas. -ela estava muito incomodada. 
-Eu sei -Alex disse, rindo. 

Ela deu um gole no seu milk shake e ficou quieta o resto da noite. Sei que a conheço a pouco tempo, mas ela realmente não parecia estar apaixonada, ou com o coração partido. Parecia tão leve, tão livre, tão feliz. Mas o que eu posso dizer, não é? Acho que se precisa de muito mais tempo pra conhecer alguém de verdade. 

Quando todos saímos, ela pegou no meu braço e me levou para o carro, sentou, apoiou o braço na janela e a cabeça na mão. 

-Você está bem? 
-Estou sim. 
-Não minta pra mim, até um caramujo sabe que você não está bem. 
-Eca, caramujos são as coisas mais nojentas do universo. 
-Não mude de assunto. Por que você ficou tão abalada? Você ainda ama ele? Quem quer que ele seja.
-Não, nem um pouco. Hoje em dia eu até converso com ele se vejo ele por ai. O problema é que eu odeio o fato dele ter terminado comigo por eu ter amado ele demais. Por sentir demais. Sempre fui assim, senti fui a que mais senti, em todos os relacionamentos. Sempre fui apaixonada pelas pessoas com quem me relaciono. Querendo ou não, sou apaixonada por pessoas, seus gostos e costumes. E isso me faz ser totalmente vulnerável em qualquer relacionamento. E ele simplesmente não conseguiu aguentar isso. Na verdade não culpo ele, e posso dizer com toda a certeza do mundo que não me arrependo de nós dois, mas me frusta o fato de que eu amar demais afastar as pessoas.

Eu puxei ela para perto, dei um beijo na testa dela e ela deitou no meu ombro, ficamos assim por alguns minutos. Ela era realmente demais. Muita felicidade, muita risada, muita beleza, e como vi agora, muita dor, ou como quer que você chame esse sentimento. Ela era tudo, sentia tudo, passava tudo. Ela faz os homens desejarem estar ao seu lado o tempo inteiro. Que mulher. Eu realmente tenho muita sorte. 

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Hey, hey, hey. Antes de tudo queria falar que sei que o capítulo ficou pequeno, mas foi o que eu consegui fazer dessa vez. E também sei que tenho postado com pouca frequência, mas as aulas atrapalham muito na hora de escrever. Espero que mesmo com isso tudo vocês tenham gostado. Qualquer coisa podem me chamar no meu fc, @madeoft4ylor. Até o próximo capítulo.

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